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1 de fev. de 2006

LUZ

Luz, luz, eu quero luz!
Mas não as luzes que acendem, não as luzes que se apagam. Quero um caminho para a liberdade.
Luz! A mesma do suplício de Goethe na hora da morte. Mas qual seria a sua vontade? Enxergar melhor, ou, a ceguei total, aquela que só um grande feixe forte de luz pode conseguir?
Quero uma leveza inconsciente, porque meu racional está morto. Morto na escuridão.
E se faça a luz, como disse o personagem bíblico. A luz que guia navios. Estou a navegar no escuro, sem rumo, sem direção. Quero um farol que me guie no meio de tanta gente sem luz.
Luz! Que seja a do fósforo, aquela que não se separa do seu criador quando acessa, e que o acompanha até a morte.
Quero um novo sol, que não se aproxime tanto de mim, que não me cause câncer e que não aqueça tanto o meu dia.
Luz com força! Mas que não seja cobrada. Que não me mandem a conta.
E eu morro lentamente à procura de Luz, luz...

VANDERSON PIRES