Total de visualizações de página

30 de out. de 2007

AMOR DE PELE E OSSO

Quando eu estiver morto
E no meu velório alguém perguntar
Por que estou sorrindo,
Saibas que é por ti.
Se a minha felicidade for questionada
Não acharão outra resposta que não seja você
Caso eu morra desfigurado
E pairar alguma dúvida sobre a minha identidade
Peça para que vejam minha pele
Lá está seu nome tatuado
Mas, se não sobrar nenhuma pele no meu corpo
Diga-lhes para olharem meus ossos.
Porque está gravado o teu nome em todos eles.
O amor é a minha busca. E a minha felicidade é você.
Se estou triste, eu te amo.
Se estou feliz, eu te amo.
Teu sorriso me faz vencer. Teu corpo é a minha oração.
O meu desejo por ti é tão fisiológico como a fome.
Porque ele nunca tem fim.
Fico ansioso pelo dia, porque te vejo.
Fico ansioso pela noite, porque sonho com você.
Sou teu filhote, és minha sorte
Meu bem querer...

VANDERSON PIRES

29 de out. de 2007

O LIVRO DA VIDA

No dia 26 de outubro do ano de 2007 d.C. eu pude ver mais clara a imagem do fim, ou de um outro começo, não sei...
Eram 28 anos completos.
E a cada ano que se vai, a cada hora que passa, é mais um passo para chegar a grande conclusão da vida...
Algumas pessoas se lembraram desta data. Uma data que, na verdade, só tem importância para mim, pois só eu sou capaz de entender a quantidade de páginas que possui o meu livro, a minha história, a minha vida...
E a cada página virada, umas bem compreendidas, outras um pouco confusas, eu busco as respostas de um leitor curioso e às vezes ansioso para saber qual será o final. Mas não há como ler as últimas páginas. Porque neste livro o autor ainda não sabe onde sua história vai parar. Pode ser daqui a duas páginas, duas linhas, duas palavras...
Esta é a grande graça de ler. O inesperado, o que estar por vir.
E eu tento ler a minha vida a cada ano completado. Vejo as relações que ficaram mais fortes, as que eu achei que nunca iriam enfraquecer e hoje as vejo morrendo, escapando como água por entre meus dedos.
Sinto algumas alegrias, algumas tristezas... E isso faz da minha consciência um grande acúmulo de parágrafos grifados.
Vejo as coisas que mudam e as que permanecem sempre iguais, do mesmo jeito.
Meu coração tem acumulado alguma poeira, afinal, estou falando de um livro de 1979, que pode ser velho para uns, novo para outros... Mas com uma verdade: o tempo nunca é o mesmo para cada um.
E hoje eu já tomo mais cuidado com o meu livro em relação ao passado.
Eu já o emprestei, joguei de lado algumas vezes... Pensei em vendê-lo, queimá-lo... Já parei a leitura por tédio, decepção, desinteresse...
Mas hoje essa história tem toda a minha atenção. E em casa, na minha solidão, sou capaz de rir de muita coisa. Vejo que o tempo, o grande narrador da história, me ensinou a gostar de rir. Rir de mim, dos outros... Rir, sem dúvida, faz da história algo mais leve, mais interessante.
E seja lá qual for o final, a única coisa que realmente importa é o prazer da leitura, o simples prazer de ler...

VANDERSON PIRES

25 de out. de 2007

A ESPERANÇA? JÁ MORREU!

Recentemente tentei realizar uma chamada num orelhão. Duas tentativas e a ligação não foi completada. Dois créditos foram subtraídos do meu cartão! Pra quem reclamar? Anatel? Procon? Justiça? Não tenho receio de afirmar que nenhuma destas instituições me geram confiança. O Brasil é um lugar onde a esperteza serve de exaltação da inteligência e a malandragem faz parte de nosso caráter. A astúcia está em toda parte, desde o grande ladrão que assola cofres públicos ao andarilho sequioso por uma “birita” mas que suplica dinheiro pra comprar um pingado.

Estou cansado de tanta dissimulação, de ter que ouvir venais petistas e pessedebistas tentando convencer a todos de que são diferentes. Ah! E o PFL que virou DEMOCRATAS! Chega! Há limites até para ser enganado. Essa gente está debochando da minha inteligência!

O Brasil sempre foi decantado como um lugar maravilhoso, de potencial inigualável. E apesar dos pesares, ainda vívido da esperança de que um dia tudo irá melhorar. Ilusão! Aqui tudo se resolve no “jeitinho”. Até o Supremo Tribunal Federal, pra dar um “jeitinho” na reforma da previdência do governo Lula, resolveu revogar o direito adquirido. No Brasil ele é apenas relativo.

O velho ditado diz que a esperança é a última que morre. Pra mim ela já está sepultada (...)

CAETANO PROCOPIO

17 de out. de 2007

HEROIS DA LIBERDADE


"Heróis da Liberdade" concorre em categoria para novos diretores da 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Sátira política de Amberg estréia na sexta (19), no Arteplex 4


Segundo longa do catarinense Luca Amberg, "Heróis da Liberdade" estréia nas telonas durante a 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que agita a capital paulista a partir desta semana. É a oportunidade para o público acompanhar a saga de Chico Louco e companhia antes da produção entrar em cartaz no circuito comercial.
Selecionado para a categoria competitiva "Novos Diretores", o filme será exibido em três sessões: a primeira, no dia 19 (sexta), às 23 h, no Unibanco Arteplex 4; e, as outras, nos dias 23 (terça), às 17h, no Espaço Unibanco 3, e 30 (terça), às 20h20, na Sala Cinemateca / Petrobrás.
Inspirada no livro homônimo de Ernani Buchmann, que também assina o roteiro, a produção aposta na sátira política. A trama gira em torno da morte do prefeito tradicionalista Fernandes Cubas, o "João Come Terra", (Luthero de Almeida), que sofre um ataque no palanque durante campanha para mais uma reeleição. Suas últimas palavras ("inconstitucional é a puta que o pariu!") refletem o tom tragicômico que o diretor imprime em "Heróis", trazendo à tona a banalização de valores como ética, democracia e dignidade. Prepare-se para altas doses de ousadia, acidez e humor. "É uma sátira sob um ponto de vista antropológico. O objetivo não é apontar o dedo pra ninguém, mas motivar reflexões sobre a gira da política desde sempre", explica Amberg.
A história se desenrola sob a ótica de Chico Louco, um dos moradores da cidadezinha. Astrônomo metafísico frustrado, na voz sarcástica de Paulo César Peréio, é ele quem narra as intrigas, conspirações e barganhas envolvendo quase toda a cidade: da funcionária pública e organizadora de orgias na Câmara; passando pelo proprietário de cinema, que aceita organizar uma luta de boxe arranjada para não perder o alvará; ao bispo local, que não titubeia em revelar segredos de confessionário ao aliado político. Todos os episódios têm como pano de fundo a briga pela sucessão.
Recém-saído do forno, o filme será exibido em versão DVCAM. A produção ainda busca garantir recursos para o processo de transferência para 35mm. A expectativa é que a boa receptividade do público da Mostra possa atrair investidores. "Dirijo filmes pensando no expectador. Fiz algumas exibições fechadas e, quem viu, gostou", afirma Amberg.
O elenco é heterogêneo, formado exclusivamente por atores do teatro paranaense. Dos veteranos, o público terá a oportunidade de conferir atuações afinadas de nomes como Mario Schoenberger, Zeca Cenovic, Luthero de Almeida, Enéas Lour, Mauro Zanatta e Emilio Pitta. Destaque para as participações especiais do Grupo Armazém de Teatro, do ex-BBB Zulu, na pele do lutador Nego Mau, e de Mario Bortolotto, autor do blues tocado no Valentino Bar.
Para os fãs do underground, a trilha, da gravadora independente (GGG) Grande Garagem que Grava, traz o melhor da cena musical curitibana. Muito rock´billy, surf music, hardcore e indie de bandas como Maremotos, Gengivas Negras, Pelebrói, Mordida e Gruvox.


"Heróis" na Mostra
75min. Português. Legendas em inglês.

19/10 – Unibanco Arteplex 4 – 23h
R. Frei Caneca, 569 - 3ºpiso, sala 2
(11) 3472-2365 - www.unibancoarteplex.com.br

23/10 – Espaço Unibanco 3 – 17h
R. Augusta, 1.470/1475
(11) 3288-6780

30/10 – Sala Cinemateca / Petrobrás – 20h20
Lgo. Senador Raul Cardoso, 207
(11) 35126101 - www.cinemateca.com.br


Ficha técnica:
Heróis da Liberdade(2007, 75min, 35mm)- inspirado no livro homônimo de Ernani Buchmann
Luca Amberg (direção); Ernani Buchmann e Luca Amberg (produção); Luca Amberg, Ernani Buchmann e Moyses Doroso (roteiro).
Elenco: Mario Schoenberger, Zeca Cenovic, Luthero de Almeida, Paulo César Peréio, Enéas Lour, Emilio Pitta, Mauro Zanatta, João Luis Fiani, Carlos Daitchmann, Patrícia Selonk, Paulo Morais, Michelle Pucci, Gabriel Gorozzitto, Paulo Friebe, Chico Terra, Poka Marques, Marino Junior, Altamar César, Claudete Pereira Jorge, Fernanda Coelho, José Maria Pereira, Zulu, Macaris do Livramento, Cristine Vianna, Mário Bortolotto, Paulo Castro e Grupo Armazém de Teatro.


VANDERSON PIRES
WILSON AZUMA

13 de out. de 2007

O ULTIMO REI DA ESCÓCIA


Em “O último Rei da Escócia”, Forest Whitaker interpreta Idi Amin Dada.

Apesar da excelente atuação do ator norte-americano, a narrativa centra-se na personalidade extravagante do ditador ugandense não se atendo aos aspectos históricos que envolveram os acontecimentos.

O filme acaba por mitigar o papel decisivo da Inglaterra na condução de Amin ao poder, fortalecendo a “caricaturização” do personagem.

A história termina com a queda do tirano levando “multidões jubilantes” às ruas, mas sem mencionar que a deposição possibilitou o retorno ao poder de Milton Obote, anteriormente destituído por Amin.

Se num primeiro momento a expressão nos rostos das pessoas era de júbilo, não tardaria para que os semblantes cerrassem-se novamente e Uganda outra vez mergulhasse na violência, nos assassinatos e numa nova ditadura.

Amin, longe de ser apenas um louco carniceiro, foi a perpetuação de uma trágica história africana que sempre parece se repetir.


CAETANO PROCOPIO

3 de out. de 2007

NOTAS (...)

Até o momento o Senado Federal vem fazendo o seu velho papel absolvendo Renan Calheiros no(s) Conselho(s) de Ética. Mais um triste capítulo dessa história brasileira que sempre se repete (...)


***


Primeiro o mensalão petista. Agora é o pessedebista que está na mira do Supremo Tribunal Federal. Governos iguais até nos esquemas de corrupção.


***

A Fifa ainda não decretou o Palmeiras como sendo o mais velho campeão interclubes do mundo. Um título conquistado em 1951! Apesar de palmeirense, preferiria que esta história não fosse contada (...)


***


Em Araçatuba vive-se um dilema permanente: a espera pelas chuvas pra amenizar o calor e a sequidão. Em contrapartida, com as águas, aumenta a possibilidade de uma epidemia de dengue na cidade. Alguém ainda acredita mesmo em inferno?


***


Quem chega em Araçatuba se assusta ao transitar pelas ruas da cidade. Possivelmente existam mais buracos do que em solo lunar. Uma solução pra administração municipal resolver o problema seria patrocinar o turismo de aventura e incentivar a prática, por exemplo, de enduros “off road”. É menos perigoso andar em estradas de terra batida do que no “asfalto” de Araçatuba.


CAETANO PROCOPIO