Não sei se seria possivel a paráfrase poética.
Mas dias atrás ao assistir a um vídeo humoristico no youtube,
a burlesca apologia ao designativo genérico nordestino.
Não tive como não me reportar ao grande João Cabral.
Para os sudestinos apenas uma depreciação: severino.
Que com o seu trabalho árduo e mal remunerado garantiu a riqueza e a soberba sudestina.
Transfiguradas no trágico existencial do Brasil,
que atravessou desde a colônia, o império até a república.
Nem a nova república mudou,
muito menos o que veio depois.
Até chegarmos à eleição do “capitão”,
ungido da aura de salvador!
Que triste história,
grande parte contada por sudestinos.
No fundo,
esta vida sudestina,
é a morte de todos nós!
CAETANO PROCOPIO