Vidas que se foram
Vida sem parâmetro
O tempo perdeu o sentido
Treze anos parecem meses
Três anos parecem semanas
Dias que se consomem, imperceptíveis
Em um mundo bárbaro e inabalável
Onde incautos transitam pelas ruas, pelas redes
Regozijam-se na realidade que rui
Entorpecidos, sem se darem conta do trágico existencial
De fantasias obsoletas e de “verdades” irrealizáveis
Crédulas no facínora que vocifera a salvação
Ou no discurso palatável do enganador
Ignoram o ovo da serpente
A rotina, cada vez mais obscura, é a constatação do tempo que deixou de existir
Dos dias passados, em que pesem, inebriados
De seus léxicos insustentáveis e de ilusões desfeitas pela dor cotidiana
O futuro já presente é um destino insólito
Ilustração CZ0
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