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22 de jan. de 2007

O ANDARILHO E A RAZÃO

Por que razão existe o bom senso? Para aprisionar a vontade?
Não procuro mais os tépidos ventos da razão. Aqueles que tentam fazer de mim uma marionete. E que a todo momento me censuram. E sinto-me acuado.
Tenho pensado muito em peixes...E na liberdade de poder nadar. E por mais que eu os inveje jamais poderei imitá-los.
Agora sinto que já é tarde. E um estranho invade a privacidade dos meus pensamentos e me pede um cigarro. Mas eu não fumo cigarros! E o assassino do pronome deixou-me livre de novo.
E nesse momento já não sou mais aquele que eu pensei que era. E cruzo o asfalto com passos calmos. Tenho na mente uma canção. A melodia de "Misty".
E logo meu desejo sexual faz aflorar uma silhueta feminina em meus pensamentos. E a temperatura do meu corpo sobre, inflama...
Mas o meu coração ama independente de mim. E procuro não pensar em mais nada.
E faço do meu caminhar um verbo transitivo direto, mas que ao mesmo tempo não sou capaz de conjugá-lo.
Não me julgue por eu não saber onde estou indo... A segurança do saber causa-me estranheza. E a insegurança de não saber o caminho é a minha liberdade.
Agora vou pra casa. Quero dormir sem culpa. E quando acordar quero imaginar o mar. O mar como o céu. Os peixes como estrelas. E eu como um nada questionando a razão...

VANDERSON PIRES

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