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24 de jul. de 2007

DESPEDIDA

Estou amarrado enquanto te vejo partir
E você caminha muito lentamente...
Fecho meus olhos, na esperança de não te ver mais
Mesmo assim você caminha lentamente.
Quem segura a tua mão?
Será a certeza de um julgamento?
Se o meu erro foi tão cruel, mate-me!
A superação é uma virtude para poucos.
Mas a transformação e para menos ainda.
Vai! Atravesse logo e desapareça no horizonte.
Já aprendi a viver fora do útero.
Também já senti a dor da morte.
O apego é o desassossego da alma.
Meu ego foi transpassado pelo teu punhal.
Sinto-me julgado pelos romanos.
E a minha coroa de espinhos é o teu adeus...
Ainda posso ver a tua imagem.
Mas já estou desatando as amarras.
Queres que eu te deseja felicidade?
Pois bem, mas primeiro terás que morrer.
Mesmo que isso signifique matar-me.
Porque carrego-te dentro de mim.
Ah! Maldito ego. Tu jogas para todos os lados.
Primeiro você impede o perdão.
Depois assombra o pecado,
E afunda os barcos que navegam em águas calmas.
Agora vejo minhas mãos livres.
Meus pés também estão soltos.
Penso em correr até te alcançar...
Mas, existe como correr da chuva?
Mesmo com a rainha perdida
Eu ainda sou o rei do meu castelo.
E devo proteger meu reino
Escolha o teu caminho e segue-o.
Porque ainda tenho meus peões para atravessar o tabuleiro.
E eu respiro lentamente
Seguindo na direção oposta.
Penso no mundo que é grande
E na vida que é passageira.
Neste momento nasceu uma flor nas minhas costas.
E, apesar da tristeza e do choro...eu sorri.

VANDERSON PIRES

Um comentário:

nell disse...

Olá
Meninos

Parabéns pelo blog, continuemmm

Bjs

Mirela