O jovem Wladyslaw Szpilman senta-se defronte ao piano.
Está maltrapilho, sedento, faminto, tísico.
Em uma casa quase em ruínas, começa tocar a Balada número um de Chopin para o Capitão alemão Wilm Hosenfeld.
A 2ª Guerra já está nos estertores: a Polônia, às portas da desocupação alemã e Varsóvia, praticamente destruída.
O judeu Wladyslaw havia passado os últimos anos fugindo da morte e ali, escondido no meio de escombros, depara-se com o suposto algoz.
Mas ao invés da morte, ele reencontra o seu piano.
O capitão Hosenfeld não o aniquila, ao contrário, o acolhe.
Pouco tempo depois, os russos libertam Varsóvia e Hosenfeld é preso.
Permanece na prisão até morrer em 1952.
Com a musica de Chopin, se deu a salvação de um.
O militar alemão não foi o verdugo do refugiado judeu.
Não cumpriu o destino que a história tragicamente havia lhe reservado.
Chopin poderia ter sido a salvação de ambos.
Mas os fatos assim não quiseram.
Numa guerra nunca há completamente vencedores e vencidos.
Apenas sobreviventes.
CAETANO PROCOPIO
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