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20 de nov. de 2007

O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Certa vez, quando ainda cursava a faculdade de Direito na década de 1990, um professor afirmou que não mais havia discriminação contra as mulheres, como ocorrera no passado. A legislação já as equiparavam aos homens.

Se de fato fosse verdade, as mulheres não precisariam da lei para declará-las iguais, nem mesmo de um dia específico pra celebrá-las. A condição de mulher, por si só, seria uma afirmação.

A norma retrata uma realidade contrária. A discriminação existe e a lei não se mostra capaz de dissuadí-la porque ainda faz parte do pensamento comum.

Da mesma forma, se necessária uma data para institucionalizar o dia da consciência negra, ela não existe de fato. Há sim, vários “rascismos” dissimulados numa sociedade extremamente dividida e desigual.

20 de novembro precisa ser muito mais que uma mera data comemorativa no calendário para se transformar numa luta diária contra todas as formas de discriminação.


CAETANO PROCOPIO

2 comentários:

Anônimo disse...

Caetano, pelo menos uns seis anos após essa aula de Direito, eu tentava pagar a conta num boteco da cidade, acompanhada de um namorado e do editor-chefe do jornal onde eu trabalhava. O dono do bar não quis receber meu dinheiro, porque o meu namorado, já freqüentador da casa, "poderia não gostar de ter as contas pagas por uma mulher". Foi humilhante. Fiz barraco, mas só consegui pagar depois da "autorização" do namorado.
O dono do bar ganhou a alcunha de machista após o episódio. Ele já não existe mais (anos depois foi assassinado às 3 da tarde no bar da rua Afonso Pena com a Luis Pereira Barreto) e eu já nem brigo mais para pagar contas...

Anônimo disse...

O anônimo é Ana Paula Saab...rs Conserta isso, por favor. bjão.