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13 de fev. de 2008

ECOS DA INFÂNCIA

Quando Elvis faleceu eu tinha 7 anos de idade.

Não conseguia compreender como ele poderia ter morrido, afinal, tratava-se apenas de um personagem da TV.

Não era de verdade!

Alguns meses depois, naquele mesmo ano de 1977, no dia de natal, Chaplin também partia.

A manchete no jornal da manhã seguinte, com uma foto do vagabundo, ilustrava: “Morre Carlitos”.

Havia acabado de concluir a primeira série primária e a leitura, por mais singela que fosse, ainda me parecia uma tarefa herculana, afinal, de insipiente tornei-me incipiente.

Consegui ler a notícia.

E novamente a indagação. Morreu? Mas ele não era de mentira?

Hoje, certamente qualquer criança de 7 anos debocharia da minha dúvida.

Porque a infância não é mais o tempo da ingenuidade.

Mas um curto ensaio pra apreendermos uma tristeza que nunca mais irá passar.


CAETANO PROCOPIO

3 comentários:

Anônimo disse...

Diálogo verídico de uma menina de sete e sua mãe:
Ela: "Mãe, eu não sei explicar, mas às vezes eu sinto um negócio que parece que é fome, mas não é; parece que é sede, mas não é; parece que é saudade de vc, mas vc chega do trabalho e eu continuo sentido aquilo."
Eu, no caso, a mãe, cravei os olhos nos olhos dela e mandei: "Filha, isso é incompletude e, acostume-se, é uma característica do ser humano".
Ela: "Claro, mãe, alguma coisa que não está completa!!!!!!!!!" E contentou-se com minha explicação. Pode? Abs aos meus amigos.
Ana Paula Saab

Marcello Lujan disse...

Elvis não morreu.

Marcello Lujan disse...

Elvis não morreu.