

Em ‘2001, uma odisséia no Espaço”, Stanley Kubrick dá a exata noção do que a simbiose cena-música pode proporcionar. As composições “Assim falou Zaratustra” e “Danúbio Azul” acompanham, respectivamente, dois momentos culminantes do filme: no primeiro, a fabulosa cena do nosso ancestral primitivo destruindo uma pilha de ossos ao som da sinfonia de Richard Strauss; no segundo, o balé espacial sincronizado com a suavidade da valsa de Johann Strauss. Já em “Laranja Mecânica”, Kubrick escancara a perversidade e a contradição humanas ao coligir a violência mórbida do personagem vivido por Malcoln Mc Dowell, à virtuosidade estética do musical “Cantando na Chuva”, numa cena ainda chocante para o ano de 1971, em que Dowell espanca uma mulher na frente do marido enquanto cantarola e dança “I singin’ in the rain”.
Enfim, esta lista, longe de ser exaustiva, é só uma pequena amostra da riqueza musical de algumas das mais importantes obras do cinema. Muitas que não estiveram aqui mencionadas certamente mereceriam destaque, entretanto, a falta de repertório e a memória limitada não me permitiram tal intento. Esta tarefa também poderia se tornar cansativa demais ao leitor caso minha disposição (ou dedicação) fosse maior.
E não percamos mais tempo. A próxima sessão pode estar prestes a começar (...).
CAETANO PROCOPIO
publicado originalmente no site CINE TOTAL
http://www.cinetotal.com.br/critica.php?cod=57
3 comentários:
Isso está me lembrando nossa longa conversa sábado em minha casa...
Isso está me lembrando uma longa conversa que tivemos na minha casa no último sábado...
Concordo integralmente com você, Caetano. A trilha sonora é essencial para amplificar, ampliar e valorizar as intenções da direção do filme. O prato fica melhor quando é visualmente interessante.
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