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1 de out. de 2015

CARPE DIEM

A expressão dita por Horácio ecoa desde os tempos romanos. 

Os poetas árcades a experimentaram, pois, para eles, já em fins do século XVIII, o tempo corria (...)

Em nossos dias, mais do que nunca.

Mas o “carpe diem” de Horácio não é o mesmo de hoje.

Na sua literalidade epicurista e estoicista clamava: “colha o dia”.

E colhe-lo, é absorvê-lo, captura-lo na sua integralidade.

Não para se viver uma obsessão volitiva, mas sim compreender a serena plenitude do momento, suas filigranas e aquilo que ele possa sabiamente revelar.

A sua versão contemporânea, não vai além de uma perspectiva hedonista e abortada: apenas “aproveite o dia”.

Viver a superficialidade daquilo que os prazeres momentâneos podem oferecer.

O século XXI é um tempo de emoções fugazes e totalitárias.

E “Carpe diem”, somente mais um “slogan” que se ajustou às premências consumistas da era do “mercado total”.

                                                                                                              CAETANO PROCOPIO

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