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13 de dez. de 2007

IMPASSE PERMANENTE

14 de maio de 1948. David Bem Gurion é proclamado primeiro-ministro de Israel. Imediatamente, os vizinhos árabes iniciam um conflito para impedir a constituição do Estado judeu. Israel sai vitorioso e ocupa militarmente territórios árabes na Palestina.

Desde a criação de Israel a região é marcada por um constante clima de tensão. Os palestinos reivindicam a parcela do território a que teriam direito conforme a decisão da ONU em 1947. Os israelenses se negam a dar autonomia política.

Os judeus consideram-se historicamente os legítimos habitantes da região há mais de 5 mil anos quando as primeiras tribos hebraicas lá chegaram vindas da Mesopotâmia em busca da “terra prometida”. Expulsos de sua terra pelos romanos no início da era cristã, somente no final do século XIX – com o movimento sionista – puderam retornar à Palestina.

Com a diáspora e o esfacelamento do império romano entraram em cena os árabes, que unificados pelo regime do califado, transformaram-se num dos povos mais importantes da idade média. A eles, é inegável a importância que representa a região para sua história e cultura.

Nas últimas 5 décadas, foram várias as tentativas de um acordo de paz, normalmente com a intermediação da Organização das Nações Unidas (ONU), sem, contudo, qualquer resultado prático. O grande entrave para a questão não esbarra em empecilhos culturais, históricos ou mesmo religiosos. O impasse está na dificuldade de se encontrar uma saída conciliatória que seja politicamente “viável” aos interesses de Estado. Portanto, o problema político perpassa qualquer outro óbice já que estamos tratando da criação de um Estado palestino cravado em território judeu.

Enquanto a discussão for tratada no âmbito das Nações e não no dos reais interesses dos povos envolvidos, a Palestina continuará sua sina de eterno palco de conflito.

CAETANO PROCOPIO

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